Olimpiada de Língua Portuguesa "O lugar onde eu vivo"

Gostaria de parabenizar a todos os alunos  da EEEFM "Jerônimo Monteiro" que participaram da Olimpíada de Língua Portuguesa de 2014, em especial ao aluno Lucas Avílio Machado, 14 anos, 8º ano da 7ª série  e da aluna Geisa Gomes de Oliveira, 17 anos, 2º ano, que foram classificados.

Memória:  

Saudade de um tempo que não volta mais

Ah! Que saudade do meu tempo de infância, que não volta mais, onde brincávamos de pique, conversamos com os amigos, não tínhamos tanta pressa, onde namoro era namoro, amizade era amizade, onde o transporte era o trem de ferro, que passava no centro da cidade, o ponto de embarque e desembarque era  na antiga estação.

Minha cidade pequena e tranquila, era conhecida como Sabino Pessoa, depois de algum tempo passou a se chamar Vala de Souza, e hoje Jerônimo Monteiro, terra de pessoa humildes. 

Nessa época havia poucos habitantes, poucas casas, poucos comércios, as missas eram celebradas no Seminário. As estradas eram de terra batida onde só passavam carroças, carros de boi e alguns caminhões movidos a querosene.

Existiam muitas dificuldades para os estudos, tanto para os professores quanto para os alunos. Existia mais respeito dos alunos com os professores. Os docentes andavam em lombos de burros e caminhavam distâncias muito longas e difíceis assim como os estudantes. Percorriam aproximadamente 10 quilômetros em trilhos de bois, correndo risco de serem picados por cobras, ou serem pegos por bois, mas era um tempo gostoso. Saudades que não volta mais!

Nossos materiais eram levados em sacolas de arroz. A merenda muitas das vezes era feita pelos próprios alunos, que traziam de casa, verduras e legumes, porém, mesmo com tantas dificuldades nós tínhamos interesses nos estudos, e hoje com tantas facilidades certos alunos não valorizam o que tem. Hoje tem transporte escolar, merenda de qualidade e escolas bem organizadas por turmas, biblioteca, Laboratório de Informática, quadra de esporte, e outras coisas mais. Se nós tivéssemos essas oportunidades naquela época, como seríamos hoje? Pessoas com mais conhecimentos, com melhores empregos, oportunidades melhores com certeza.

Jerônimo Monteiro mudou bastante, muitas casas foram construídas, comércios, lojas, hospital, casa de amparo a idosos, que antes não tinham; eram farmacêuticos que nos socorriam ou faziam algum chá caseiro com plantas medicinais. Meu nome é Osmar, tenho 52 anos, e vejo como as coisas mudaram nesse “meio tempo”, fico impressionado com as invenções que nós seres humanos inventamos, tais como: automóveis, televisões, celulares, computadores, tabletes, internet, entre outros. Nunca pensei que o mundo iria chegar a esse ponto. Fico admirado com nossa capacidade. Mesmo com todas as  dificuldades daquele tempo, tenho saudades de um tempo que não volta mais. 

Lucas Avílio Machado, 14 anos, 8º ano.

EEEFM”Jerônimo Monteiro”, Jerônimo Monteiro, ES.

Artigo:

Questão de consciência

Atualmente escutamos falar muito por meio das mídias, em relação à quantidade de jovens que estão se deixando envolver com as drogas. Sabemos que é a pior escolha na vida de qualquer individuo e grande parte dos usuários começam desde cedo, alguns até na infância, por curiosidade ou por influência de outras pessoas.

Apesar de ser pequena,calma e tranqüila, a cidade onde moro é como qualquer outra, e não poderia ser diferente, apesar de ser raro ouvir falar de assaltos e casos de homicídios, estamos preocupados com a quantidade de jovens envolvidos com as drogas e não imaginam a consequência que estão buscando com as próprias mãos.

Esse e um dos problemas que a nossa cidade vem enfrentando cada dia mais, não conseguimos ter o controle sobre o consumo das drogas entre a maioria dos nossos jovens, e a nossa preocupação aumenta a cada dia. Os usuários mais envolvidos são na maioria adolescentes que estão abandonando os estudos para viverem nas drogas.

Os principais motivos podem estar na falta de estrutura das famílias, na curiosidade para experimentar entorpecentes, na pressão de inimigos que se passam por amigos, incentivando a pessoa a entrar neste mundo. Esse consumo coloca em risco o futuro das novas gerações.

A dependência química pode levar o jovem a matar, roubar e até mesmo a cometer, suicídio. Mesmo conscientes com as campanhas contra o uso de entorpecentes e a exibição na mídia mostrando os efeitos que elas podem causar na vida de um usuário.

Os adolescentes acham ainda que usando drogas, irão  resolver  seus problemas, pois acreditam que através disso superarão as dificuldades. Mas ao contrário disso estão se afundando cada dia mais.

As famílias precisam urgentemente impor limites, dialogar com os filhos e ensinar valores, como conceitos de uma religião mostrando o certo e o errado a cada um, exemplo de amor e incentiva-los na busca da importância do seu lugar na sociedade.

Todos deveriam se manifestar contra o uso de drogas, pois se não forem resolvidos corretamente poderá se transformar em um grave problema irreversível perante a sociedade, uma bola de neve. O governo inclusive poderia oferecer mais oportunidades a estes jovens e adolescentes, abrindo as portas através de estudos com tempo integral, preenchendo os espaços vazios, onde os alunos se envolveriam em esportes, teatro, dança, trabalhos de artes com pintura e desenhos de forma satisfatória, mudando assim grupo de amizade, onde as pessoas queiram adquirir melhor qualidade de vida, que façam com prazer e não apenas como um dever.

A juventude tem um grande potencial, pois é o futuro da nação, é preciso resgatar vidas que estão sendo desperdiçadas por vícios, totalmente desnecessários. Trata-se de pessoas inteligentes que por causa de falta de atenção, estrutura e carinho se deixam levar pelas más influências. Quando pararmos para analisar o quanto vale cada vida, certamente mudaremos a forma de pensar e agir em relação aos problemas que aparentemente não são nossos e vamos ajudar de alguma forma e pra fazer a diferença. 

Geisa Gomes de Oliveira, 17 anos, 2º ano.

EEEFM”Jerônimo Monteiro”, Jerônimo Monteiro, ES.